quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Design do nosso Mundo

Espreguiçadeira Rodrigues - Design  Fernando Mendes de Almeida e Roberto Hirth
O Design ocupa ,a cada dia, um papel mais presente em nossas vidas. Da escova de dentes ao carro, da cadeira de trabalho ao garfo , do aspirador ao avião, do sapato ao celular, tudo que nos cerca em nosso cotidiano é objeto da criação destes profissionais.

The Yas Hotel projeto de Asymptote Architecture - Abu Dhabi
A Arquitetura avança nas Cidades Mundiais para uma situação de Desenho Total, onde todos os espaços são objeto do trabalho especializado de equipes de profissionais : Arquitetos, Urbanistas, Paisagistas, Designers, Engenheiros etc - ruas e avenidas, edifícios, calçadas, parques e jardins, toda a cidade enfim !

Esse Mundo Novo, melhor de viver, mais sustentável, mais amigável,  que precisamos construir não pode prescindir do conhecimento especializado destes criadores que têm cada um em suas disciplinas, este universo como objeto do conhecimento, investigação e criação.

Espremedor de cítricos 
by Philipe Stark Designer
Já se foi o tempo em que os objetos , independentemente da escala - seja uma caneta ou um bairro - eram desenhados seguindo o primado de sua mera utilidade, do pragmatismo mecânico. 

A Cultura do novo milênio aproxima as pessoas do acesso aos considerados Bons Desenhos, tradução literal do Fine Design , transformando o nosso mundo num agradável mar de informação, poesia e imaginação.

Neste Brasil novo que se forma, nesta Manaus que pretende construir uma civilização cabocla próspera cultural e economicamente, precisamos refletir sobre estes atributos e trabalharmos para ver nosso Mundo avançando nesta direção do Direito à dignidade , poesia e sustentabilidade, também,  dos Lugares Urbanos.

Passarelas de pedestres floridas em  Gouanghzou China




Afinal, "a gente não quer só comida, quer Diversão e Arte ! " Como já dizia o poeta do seculo passado!
Viva o trabalho de todos os Criadores deste NovoMundoNovo !



quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mobilidade, Moto-taxis e Civilização em Manaus


Cena comum de imprudência de motoqueiros - 
foto Antonio Iacovazzo  
Nossa Cidade vive neste dias de primavera amazônica de 2011 um debate bastante importante sobre o futuro de nosso sistema de mobilidade urbana fruto das iniciativas públicas de investimentos no BRT e/ou no Monotrilho. Em paralelo surge uma proposta de iniciativa parlamentar de mudança da Lei Orgânica do Município visando a retirada do veto existente ao serviço de transporte de passageiros e cargas em veículos de duas rodas.

Essa proposta surge como um desdobramento da iniciativa Presidencial que reconhece a profissão do moto-taxista e que suscita que as  municipalidades regulem essa atividade. O esforço dos Governos em dotar a nossa Cidade de um transporte público de qualidade, em horizonte próximo,  nos coloca a necessidade de ponderar sobre esta proposta de autorização dos mototaxis e motocarga, na medida dos reconhecidos problemas inerentes ao modal: segurança e saúde dos usuários e operadores, dificuldades de fiscalização, custo social etc. 

As calçadas são atalhos "seguros" 
foto Antonio Iacovazzo  
Sabemos que o simples reconhecimento da profissão pelo ex-Presidente Lula não obriga que todas as Cidades deste Brasil tenham que permitir o serviço de moto-taxi ou moto-cargas. Neste momento se coloca o ponto crucial desta questão : poderíamos dizem sim ou não para esse modal para o transporte público , assim como dizemos não ao consumo de drogas, o consumo de alcool por quem vai dirigir etc.que são igualmente uma realidade em nossas cidades. O simples fato de que existem 5 , 7 ou 12  mil mototaxis em "operação" na Cidade não é razão suficiente para que a sociedade e seus representantes legais tenham que necessariamente legaliza-los.

Tampouco a situação de baixa qualidade do nosso atual sistema de transporte público. Essa situação deve e pode mudar, mas a permissão legal via Lei Orgânica não é circunstancial, ela é definitiva. Essa opção civilizatória ,ao nosso ver de simples Cidadãos, nos remete à barbárie onde grupos minoritários ruidosos, mesmo que legitimamente organizados, fazem valer sua vontade, mesmo que, pondo em risco a vida de muitos.
Sabemos ainda que entre os técnicos e especialistas em transporte público é consenso absoluto a recomendação de que este modal seja autorizado somente para cidades pequenas e que não tenham sistema de transporte coletivo em operação.

Nosso maior temor reside no fato de que, sendo uma mudança na Carta Magna Municipal,  essa proposta cria um novo marco regulatório do sistema de transporte urbano da Cidade. Sabemos que mudanças legais desta natureza não são e não devem ser algo que se autoriza hoje e desautoriza amanhã. Neste ponto se encontra, ao nosso ver,  o maior erro desta iniciativa pois pereniza algo inaceitável , incompatível com padrões do que desejamos que Manaus seja como uma Urbe prospera e equilibrada.

Depois desta "conquista da categoria" algum Cidadão consegue imaginar qual político - seja do Legislativo ou do Executivo - será capaz de retirar esse "direito adquirido" ?

O mais recomendável,  portanto, diante deste cenário, seria dar uma autorização a título precário, com data certa pra acabar, com regras rígidas de operação e com isso conferir ao regulemento um carater provisório para a atividade de moto-taxi. Pois, do contrario,  mesmo quando o  transporte público melhore eles ainda estarão autorizados pela Lei Organica a operar. 

Vamos aqui louvar a sabedoria cidadã dos Legisladores, quando a mais de 20 anos atrás , tiveram o zelo e o cuidado e vetaram esse modal na redação da então Nova Lei Orgânica do Município.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Urbanismo e Tolerância Zero em Manaus

O arquiteto e urbanista Roberto Moita aponta caminhos para a construção de uma agenda urbana positiva para Manaus, com conhecimento e carinho de um cearense que vive em Manaus há 23 anos.


Entrevista ao Jornal ACrítica em 28 de Fevereiro de 2011.

Jornalista AUDREY BEZERRA


Diante da necessidade de se discutir o Plano Diretor de Manaus, que está há oito anos sem ser revisto, o arquiteto e urbanista Roberto Moita, ex-presidente do Instituto de Arquitetura do Brasil (IAB-AM), disse em entrevista que, apesar da cidade ter uma grande demanda nas questões básicas, como ampliação do sistema viário, implantação de sistema de transporte público, e esgotamento e tratamento de esgotos para atingir padrões mínimos de urbanidade, é preciso enfrentar a "galopante degradação" do Centro Histórico de Manaus, uma vez que as possíveis perdas podem ser irreversíveis. Roberto criou junto com amigos um grupo denominado "Manaus, Debates Necessários", c om o objetivo de promover diálogos sobre a cidade no Facebook.
Na entrevista, ele defende mais rigor do Poder Público na ocupação desordenada de terras e diz que o maior problema urbanístico da cidade se situa na informalidade de obras sem projetos e sem licenças.
 Você acredita que a atual composição da Câmara Municipal de Manaus (CMM) tem quadro qualificado para discutir e aprovar o Plano Diretor da cidade?
São nossos representantes legitimamente eleitos e por ser uma matéria técnica eles devem certamente contar com assessoria especializada para balizar os debates, propostas e decisões.
 Por que a revisão do plano diretor é tão importante para a cidade?
O Plano Diretor é matéria técnico-legal que regula a forma com que a Cidade deve se desenvolver e por isso interessa à cidade como um todo.
Esse planejamento pode ser cumprido mesmo em uma cidade estruturalmente desorganizada e com o histórico de um poder público enfraquecido, que não cobra, não cumpre e nem fiscaliza?
O Pacto de legalidade em relação a leis urbanas deve ser amplo e incluir todos os cidadãos, seja o grande empresariado, seja o morador de baixa renda ou de área de risco. Nosso Plano Diretor atual, criado em 2002 pela Prefeitura de Manaus, tem sido o instrumento regulador de obras na cidade e cumpre razoavelmente bem seu papel. O maior problema se situa na informalidade de obras sem projetos e sem licenças. Nossa sociedade ainda acha que os mais pobres podem pautar sua vida pela informalidade, seja construído como quer e onde quer, seja exercendo atividades comerciais que invadem ruas e calçadas etc. De outro lado o Poder Público fica refém desta ótica e passa a exercer a fiscalização de forma tolerante e às vezes omissa para com as irregularidades. Defendo, no nosso caso, uma atitude tipo "tolerância zero" em relação a irregularidades de qualquer natureza, talvez assim possamos ir arrumando a casa aos poucos. Se os Governos quiserem ser mais rígidos devemos lembrar que eles precisam que a sociedade clame por isso, pois do contrário essas ações geram ônus políticos-eleitorais indesejáveis.
O que você considera necessário modificar no plano diretor da cidade? O que precisa ser modificado de imediato?
O Plano deve ser objeto de ajustes baseados na gestão urbana, aproveitando a experiência dos técnicos da Prefeitura, em especial do Implurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), para modificar pequenos pontos da legislação que se encontram obscuros ou omissos, aperfeiçoar os instrumentos de incentivo ao adensamento e à contenção da expansão horizontal mas, principalmente, buscar um desenvolvimento urbano sustentável, levando em conta os planos viários de transporte público e de proteção do meio ambiente.
 O que falta ser feito na cidade?
Manaus é uma Cidade que tem grande demanda por uma infraestrutura básica para atingir padrões mínimos de urbanidade: ampliação do sistema viário que é insuficiente; implantação de sistema de transporte público de qualidade; e implantação de redes públicas de esgotamento e tratamento de esgotos. Isso seria o básico, mas enfrentar a galopante degradação do nosso Centro Histórico me parece urgente, pois esse processo é irreversível, as perdas não terão retorno no futuro.
Que tipo de iniciativa, do Poder Público, você considera necessário para a cidade?
Manaus, nas três últimas décadas, acumulou grandes carências que se converteram hoje em desafios. E isso torna nossa agenda urbana muito complexa. Mas acho que se pudessem eleger prioridades, ficaria com a recuperação do Centro Histórico e a questão do Transporte Público e Sistema Viário.
De que forma a participação da sociedade nesse contexto pode contribuir para a organização e planejamento da cidade?
Precisamos construir uma agenda positiva para Manaus, que reflita um consenso entre os governos e a sociedade. Caberá à sociedade em geral, especialmente, aos formadores de opinião e à imprensa, alinhar-se e apoiar o Poder Público, pois sabemos que será necessário a tomada de medidas que possam ser impopulares, por exemplo, em relação à invasão de terras e áreas de proteção ambiental, ao comércio informal, à educação e leis trânsito. Um programa como o "tolerância zero", que exige forte apoio dos que querem avanços na organização urbana, criando o ambiente para que os governos exerçam o poder de polícia e o cumprimento das leis em vigor. Penso que cada cidadão de Manaus pode e deve fazer sua parte.
Como seria essa agenda positiva para Manaus?
Um processo coletivo de reflexão e debate de ideias que produza um enfoque em relação às ações básicas necessárias para nossa Cidade. Para isso devemos fazer uma leitura social do momento em que vivemos, aprofundando o conhecimento de nossos problemas e avaliando suas possíveis soluções. Eu e alguns amigos do Facebook criamos um grupo denominado "Manaus, Debates Necessários" que tem como objetivo promover diálogos sobre essa agenda positiva. Esse fórum cívico-virtual, com mais de 170 membros neste momento, tem apresentado resultados interessantes e após duas semanas de postagens já começam a se desenhar alguns consensos em relação aos caminhos possíveis. Da mesma forma toda a sociedade organizada, universidades, entidades de classe podem atuar produzindo referenciais nesta direção.
Qual é o retrato que você tem da cidade hoje sob o ponto de vista urbanístico?
Uma cidade única no meio da maior floresta tropical do planeta que deve aos seus e ao mundo um exemplo de futuro sustentável.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Fiação aérea, uma praga manauara ?

  Centro de Manaus - não há "gato"nesta foto .
A praga urbana da fiação aérea ocorre em muitas cidades ,em especial aquelas subdesenvolvidas, mas em Manaus ela tem assumido a especial dimensão de uma epidemia fora de controle que se alastra e se agiganta a cada dia.

Isso porque mais e mais empresas passaram a utilizar o mesmo poste que inicialmente foi dimensionado para a energia elétrica e a telefonia : o tempo, o aumento da demanda  e o avanço de oferta de serviços trouxe o cabo das TV's por assinatura, as sucessivas expansões de redes de telefonia e mais um emaranhado de fios que se superpõem, cruzam as ruas e avenidas em várias direções.

Esse verdadeiro cipoal de fios e chicotes de diferentes espessuras, cruzetas de suporte, módulos de controle e até centros de medição instalados sem um mínimo critério estético - se é que seria possível tornar estes arranjos esteticamente aceitáveis - criam uma paisagem que se aproxima daquilo que se convencionou chamar na linguagem popular de  "uma visão do inferno".

Av. Eduardo Ribeiro e o   Palácio do Comércio.

Esse pragmatismo, de viés meramente tecnicista, que preside a instalação e operação destas redes públicas, não poupa nem nossas principais avenidas, ou mesmo a área mais nobre do Centro Histórico como pode ser observado nas fotos-denuncia postadas aqui , de autoria do talentoso artista visual Charlle's Marcley, onde duas delas registram nada mais nada menos do que a avenida Eduardo Ribeiro !

A má notícia é que essa desqualificação urbana  infelizmente não tem data para acabar. As empresas que gerenciam o parque de fornecimento de energia da Cidade de Manaus não incentivam a implantação de novas redes subterrâneas e não mostram qualquer interesse em faze-lo nas áreas já consolidadas da cidade.

Mesmo empreendedores privados que querem criar novos bairros ou condomínios com o atributo civilizado das redes subterrâneas tem seus empreendimentos onerados pela operadora de energia , pois a mesma não recebe essas redes para operar e manter.

Daí surge a seguinte questão: isso condenaria Manaus a ter uma paisagem de terceiro mundo pelo resto dos seus dias ?
É o caos e está sempre piorando ! 

Diante desse quadro, a meu ver, só resta aos verdadeiros cidadãos, aos formadores de opinião, à imprensa, aos dirigentes públicos comprometidos com um futuro melhor para esta Cidade (com C maiúsculo) pressionar as empresas operadoras dos sistemas em três direções:

Av. Eduardo Ribeiro e edif. Cidade de Manaus


1.Quebrar este paradigma técnico arcáico e passar a aceitar que redes subterraneas sejam incorporadas ao parque público de distribuição, incentivando essas práticas positivas a favor da melhoria gradual de nossa urbanidade.

2.Buscar recursos para a implantação de redes subterreâneas pelo menos nas áreas centrais e nas principais avenidas .

3. Cobrar uma revisão esteticamente aceitável destas redes aéreas existentes que poluem, literalmente, todos os recantos de nossa Cidade.



Sabemos que essas providências são perfeitamente possíveis.
Oxalá tenhamos sucesso !

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Transito, Sustentabilidade e Qualidade de Vida

Com a volta às aulas retomamos a normalidade no transito de Manaus: congestionamento, filas duplas, veículos que se acumulam próximos e na frente das escolas. Esse cenário demonstra o impressionante impacto do transporte escolar individual no transito da nossa querida Cidade de Manaus.

Mas ele apenas revela uma face de um modo de vida que construímos onde a utilização do transporte individual cotidianamente se converteu numa meta coletiva e majoritária.

Vivemos , em Manaus, a era da universalização do transporte individual, alavancada pela melhoria da renda e ampliação de acesso á compra de veículos, e experimentamos somente o início de suas graves consequências na nossa qualidade de vida.

É uma irracionalidade imaginarmos que todos os dias fazemos milhares de viagens de ida e de volta, ao mesmo tempo , levando e trazendo nossos filhos às mesmas escolas, em automóveis, sem que em nenhum momento sequer cogitemos a possibilidade do transporte solidário ou mesmo do transporte escolar coletivo, tão comum no mundo civilizado.

É claro que o transporte escolar individual não é a única anomalia que vivemos no transito em nossa cidade : temos a falta de educação e gentileza, a falta de qualidade no transporte público de massa, a insuficiência qualitativa e quantitativa do sistema viário e outros.

Mas esse cenário é insustentável e não haverá investimentos em sistema viário, transporte público, viadutos, passagens de nível etc que isoladamente possam resolver ,de fato o problema., pois ele é crescente e se mostra de solução cara e de longo prazo.

Daí é que em nossa opinião,na escala do cidadão, precisamos repensar alguns paradigmas de nossas práticas mais prosaicas, para enfrentarmos um futuro pouco promissor de forma mais inteligente e sustentável, como por exemplo:

1. Adotar um bairro para viver, nele concentrando nossas atividades do dia a dia : trabalho, escola das crianças, lazer, academia etc. 
Manaus já permite isso !

2. Priorizar o comércio do nosso bairro, isto distribui renda e oportunidades de negócios, além de economizar tempo e energia em deslocamentos desnecessários. 
Manaus já permite isso !

3. Instituir o transporte solidário  com vizinhos e/ou colegas dos  filhos, ou escolar coletivo se a escola não for no nosso bairro  Isso adotado por todos reduziria pela metade o número de carros em direção às escolas, além das obvias economias de tempo e dinheiro.
Isso é possível , socialmente equilibrado, ambientalmente correto, saudável e o melhor de tudo ainda é exemplo didático aos pequenos !

Essas são pequenas práticas comuns e cotidianas que isoladamente melhoram a qualidade de vida de nossas familias e que ao mesmo tempo convergem na melhoria de vida de todos em nossas cidades.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Manaus Auto Shopping

O programa deste projeto é um centro de lojas destinadas à comercialzação de automóveis e veículos em geral, localizado em via arterial de Manaus.


O projeto se caracteriza por organizar as lojas em torno de uma praça central destinada ao estacionamento, criando um core favoravel aos negocios.


As lojas de vendas de carros, com 250m² cada, são leves coberturas com estrutura em aço apoiadas em pares de colunas centrais livres de pilares internos.


Um bloco a leste conta com lojas de conveniência e alimentação. A arborização proposta e o piso    permeável das áreas das vagas do estacionamento funcionam como amenizadores do clima.



Uma passarela coberta interliga as alas do centro comercial.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Centro Antigo de Manaus - um debate necessário

Em 1995 a Prefeitura de Manaus lançou um Concurso para a Revitalização do Centro Antigo de Manaus e formamos uma equipe com os Arquitetos Ana Lúcia Abrahim , Almir de Oliveira e Mercia Parente para participar.

Bons tempos aqueles em que o nosso IAB atuava.

Nossa proposta venceu o certame e naqueles anos a Prefeitura de Manaus implantou de forma truncada alguns componentes da proposta e daí o evidente prejuízo na obtenção dos resultados desejados.


O Plano previa a implementação de 3 Polos de novas atividades na área: um Comercial, um Cultural e um de Lazer, além do corredor Bernardo Ramos destinados ao entretenimento e gastronomia.



O Polo Comercial previa a implementação de um Centro Comercial no trecho mais degradado da área.


O Cultural previa a recuperação do Paço Municipal para a instalação de um Museu Multimídia da Cidade, além do Centro de Cultura e Lazer da Ilha de São Vicente.
A Ilha de São Vicente seria convertida no único Parque Urbano à beira rio de Manaus e por estar na área central nas proximidades do terminal de transporte público, seria acessível a toda a cidade!


A rua Bernardo Ramos, coração geográfico do Centro Antigo, seria o eixo articulador dos tres polos beneficiada pelo fluxo induzido ao Parque da Ilha, poderia prosperar como um novo destino da cidade.


A proposta se complementava com a implantação de áreas para estacionamento, medidas de gestão de segurança , iluminação pública , sinalização turística dentre outras.

A Prefeitura ,na época, perdeu o foco com o incorporação da Ilha para instalações da Marinha do Brasil tirando do Plano sua força e coerência.

O Centro Antigo continua lá, desconhecido pela maioria dos manauaras, esquecido aguardando um novo momento para renascer na vida e no imaginário desta cidade.

PS.Esta postagem foi sugestão do nosso leitor Orlando Camara.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Vitra House

Esse Museu se localiza em Weil am Rhein, sul da Alemanha, perto de Basel no norte da Suíça.
O projeto do escritório dos Arquitetos Herzog & de Meuron foi desenvolvido para a Vitra com o intuito de expor a coleção de mobiliário e objetos produzidos por este conceituada industria alemã :a Vitra Home Collection.

Vista geral do Museu

Praça externa de acesso
Um dos salões de exposição









Uma das características especiais deste Museu é que os visitantes podem experimentar os objetos expostos com total liberdade, diferente da atmosfera reinante em Museus em geral onde prevalece a cerimonia e o respeito e daí uma certa distancia em relacao à exposição.

Sua Arquitetura se assemelha a uma superposição de casas tradicionais, mas na verdade se trata de prismas de concreto engenhosamente encaixados e isentos de qualquer pilar internamente.

Criando um canal de diálogo sobre a Arquitetura na Amazônia

Lançamos hoje este espaço para diálogos sobre os caminhos da Arquitetura Contemporânea da Amazônia.

Ele é aberto aos interessados no tema, ao público em geral e aos colegas Arquitetos em particular.
Por isso nos propomos a falar numa linguagem sem arquitetês e declaramos que as opiniões, comentários, críticas etc serão bem vindos.

Procuraremos apresentar experiências de Arquitetura, Urbanismo, Paisagismo, Patrimônio Histórico na Amazônia Contemporânea e no mundo que tenham como princípios a qualidade arquitetônica, a relação com o ambiente construído e natural e o respeito ao usuário, na direção daquilo que consideramos como aperfeiçoamentos na construção do nosso habitat.

Conto com os leitores para a sugestão de pautas e temas a serem abordados.